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Nosso "Querido mês de Agosto"

Na quinta-feira juntámo-nos todos em Albufeira em casa do elemento do grupo conhecido por “Maluquinho” (também por “tontinho”, “nhela” ou “parva”, tem muitas alcunhas o Tiago Telles de Carvalho) para iniciarmos esta digressão que há já umas duas ou três temporadas não se fazia nestes moldes e que penso deveria haver uma anualmente para fortalecer os laços entre todos os elementos do Grupo, eu senti-o e vou ter muitas saudades disto ( estou até a equacionar fazer as digressões do GFAM como elemento antigo).

Tínhamos pela frente um curro proveniente de Mata-o-Demo dos irmãos Carreira que fez jus ao seu nome, lidados por João Moura, João Moura filho e Miguel Moura, Grupos de Forcados de Montemor e Aposento da Moita. Apesar de ser um cartel apelativo, as corridas de Albufeira costumam ser para os elementos mais novos, apesar de ser uma praça de alvenaria, o público é na sua grande maioria composto por turistas e os toiros não costumam ter grande porte, desta vez entre os 450 e 480 kilos, pelo que se adivinhava que íamos ter uma bela corridinha para os míudos terem oportunidade de pegar. Esta corrida mostrou que as contas não podem vir feitas de casa…

O primeiro toiro com 480kgs revelou um comportamento muito reservado e manseou durante a lide, o cabo elegeu assim o João da Câmara que estava há já bastante tempo sem pegar, mas que é um elemento  do núcleo duro que dá ao grupo todas as garantias de sucesso. O Camarinha citou com muita calma, mandou no toiro que se arrancou com pata, meteu a cara sem grandes problemas, mas a meio da viagem com a cara em cima deu um violentíssimo derrote para baixo que deixou o forcado inanimado na arena.

O Chico Borges prontificou-se para o dobrar e assim o António o entendeu. Na sua primeira tentativa foi também muito violentamente colhido e ficou visivelmente combalido, preparando-se o grupo para mais uma dobra… mas o Francisco mesmo diminuído fisicamente puxou dos galões e com a valentia que já lhe reconhecemos fez questão de fazer mais uma tentativa que consumou aguentando derrotes que eram difíceis até para alguém nas suas perfeitas condições físicas. Ao Câmara e ao Chico desejo uma rápida recuperação para que estejam capazes dos desafios do Grupo já para Setembro, pois são dois forcados da linha da frente com quem queremos contar ainda este ano.

Camarinha, ainda não tinhas experienciado a amargura de ser dobrado mas são os ossos do ofício, estás um forcado feito e sei que a próxima vai ser um pegão!

O nosso segundo, com 455kgs foi para o Manuel Ramalho, o toiro era mal visto e pouco claro na investida, o nosso Ramalhão também não esteve nos seus melhores dias, como acontece a todos, e só conseguimos resolver à quinta tentativa sem brilho. Neste toiro lesionaram-se o Manel e também o António Pena Monteiro que deslocou o cotovelo, espero que também tenham rápida recuperação pois fazem muita falta para os desafios ainda deste

Para o último que tocava ao Grupo, o António, depois de uma corrida que não podia estar a correr pior resolveu dar o exemplo e ir ao toiro, este teve um comportamento também 

pouco claro durante a lide, mas o António esteve perfeito à frente dele mandando, recuou a tirar-lhe a maldade e fechou-se a tapar a cara com o grupo a fechar muito bem um toiro que não teve como não se acobardar, tornando aparentemente fácil uma pega por ter sido tão bem executada. Obrigado António pelo exemplo que nos deste a todos, isto também é ser cabo do GFAM, que orgulho foi ver a tua atitude e a eficácia com que resolveste as coisas!

Não queria também de deixar de endereçar uma palavra ao JP que foi de propósito à corrida estando de férias em família, teve de dar três primeiras e mais uma vez ficou bem patente a sua valentia e disponibilidade, obrigado brutanas pelo exemplo, estiveste enorme!

Depois da corrida, os lesionados recolheram a casa e o resto do grupo depois de ter ido comer umas tostas em Vilamoura, deslocou-se em peso ao Bliss para uma divertida noite, a denotar ainda alguma falta de habilidade dos elementos mais novos na arte de “sacar” as flores. Às tantas quando me apercebi que corríamos o risco de ir o gadinho todo vivo para dentro, lá tive de ir desenrascar umas gaiatas para meia dúzia deles… há ainda muita lábia para treinar… à saída da discoteca ainda houve tempo para duelos entre a malta mais velha e a mais nova, o Cabo Bocha pela idade e superioridade numérica fez questão de se juntar aos mais novos, e ficámos o Frederico Caldeira, Tiago Telles de Carvalho e eu contra o resto do mundo, mas os três chegámos bem para lhes pregarmos uma sova, já à chegada a casa onde os mais sequiosos ainda fizeram uma matinal, houve tempo para testar as coxas dos elementos mais novos com umas joelhadas, peço desculpa aos que ficaram em pior estado, mas reparem que trouxe o Voltaren e tudo para se recomporem para a Messejana!

Na sexta tivemos um belo dia de praia e um jantarinho com rodízio de carnes brasileiras, sempre em amena cavaqueira! 

Já sábado ao acordar, uns seguiram mais cedo com o cabo para a Messejana e os outros juntaram-se duas horas antes da corrida. Toureavam Luís Rouxinol, Vítor Ribeiro e António Brito Paes, calharam-nos em sorte três Cannas entre os 480 e os 500 kilos e pegava também o Grupo de Beja.

Para o nosso primeiro perfilou-se Francisco Barreto, o toiro tardou em investir, e o Ico carregou consecutivamente até o conseguir provocar (com um bocado mais calma ter-se-ia afogado menos), reuniu bem e fez uma pega vistosa com viagem por baixo que foi muito bem fechada pelo grupo de ajudas liderado pelo Joaquim Murteira Correia.

O segundo foi para o Luís Valério que esteve bem a citar e se fechou muito bem, executando assim uma boa pega com primeiras do António Dentinho.

Para o terceiro foi o Manuel Dentinho, que se vingou dos “cannas”, na Terrugem tinha pegado um à terceira tentativa, e desta fez uma bela pega à primeira bem ajudado pelo irmão António Dentinho e restante grupo.

A corrida da Messejana acabou por ser bem menos complicada do que esperávamos e obtemos assim um triunfo sem grandes dificuldades, mas porque o grupo soube estar sempre por cima dos oponentes.

Seguiu-se depois um jantar oferecido pela Santa Casa da terra donde seguimos para o bailarico e tomámos literalmente conta da pacata aldeia de Messejana, primeiro os mais novos tiveram de se apeitar com as “piquenas” do bailarico, todas bem rematadas! De seguida andava por lá um grupo liderado pelo “musculoso da Messejana” que foi duas vezes humilhado no braço de ferro pelo João da Câmara, e aí sim metemos tudo em casa menos os donos dos bares das festas e ficámos com aquilo por nossa conta! Foi a prova de que todos juntos nos divertimos onde quer que seja e qualquer que seja o ambiente, não me lembro de um jantar tão divertido há já algum tempo… de manhã ainda houve tempo para o António Dentinho, o Filipe Mendes e eu fazermos uma visita ao lar de idosos, onde nos fartámos de rir e proporcionámos aos velhotes uma manhã de muita alegria, pelo que a pedido dos responsáveis e trabalhadores do lar, prometemos regressar!

Para culminar esta digressão, na segunda-feira, dia 17 pegámos um festival em Arruda-dos-Vinhos, 4 novilhos e a pé e 4 a cavalo para rapaziada nova que aspira a cavaleiro ou matador de toiros, era também dia de oportunidade para os futuros forcados do nosso Grupo

Abriu praça um gémeo Vacas de Carvalho, dizem que era o João mas não interessa muito porque eles são iguais. Esteve bem com o novilho, um bocadinho brutana, podia ter recuado um bocadinho mais, mas abriu-lhe o peito e fechou-se para não mais sair.

O segundo foi para o Miguel Cecílio, o mais novo dos da turma de Alcácer tomou conta da praça, citou com presença e com o novilho a arrancar-se solto e com pata, fez uma bela tentativa até cá atrás a aguentar vários derrotes do áspero oponente, faltaram ajudas, merecia lá ter ficado, pois era uma bela pega! Na segunda descompôs a investida e consumou à terceira.

Para o terceiro foi o outro gémeo, se o outro era mesmo o João, este seria o Zé Maria, o novilho arrancou-se solto e o gémeo não conseguiu mandar na investida, na segunda resolveu bem.

O último foi para o Ponce que mandou e agarrou-se para não mais sair, tendo feito tudo muito certinho.

Numa noite fria e um festival exageradamente demorado, valeu a pena deslocarmo-nos a Arruda pelo bacalhau do “Fuso” e para verificar que os babies vão assegurar o futuro do Grupo. Foi uma bela digressão, um ambiente do qual vou ter muitas saudades, é bom ver a educação e respeito dos elementos mais novos sempre num ambiente descontraído! Ficámos a conhecer melhor alguns dos míudos e eles a perceberem o Grupo de Montemor, saímos desta aventura todos mais unidos e espero que continue a haver pelo menos uma por ano, o nosso GFAM só sai a ganhar!

PELO GRUPO DE MONTEMOR,

VENHA VINHO!

VENHA VINHO!

VENHA VINHO!

João Braga 

 

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