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Corrida de Toiros nas Caldas da Rainha

Dia 21 de Agosto foi dia de pegarmos nas Caldas da Rainha, praça gerida pelo antigo forcado do nosso grupo, Paulo Pessoa de Carvalho. A fardação foi em casa do tio “Pipi”, nas Caldas, casa de gente trabalhadora, pois dizem os vizinhos que, todos os dias, a partir das 6hrs da manhã, já se ouve bastante movimento pela casa. E, como tal, fomos muito bem recebidos, com um petisco digno de reis, confeccionado pelo tio “Pipi” com a preciosa ajuda da Tia Ana Cortes.

Esta corrida completava uma semana intensa de corridas, que tinha tido início na 6ª feira, dia 14 de Agosto, e que tinha prosseguido a 15 (Reguengos), 17 (Arruda dos Vinhos), 18 (Albufeira) e culminava nas Caldas (21, 6ª feira). Foi um ciclo de oportunidades para todos os elementos, e que, nas Caldas, proporcionou a alguns dos forcados mais novos a oportunidade de pegarem numa corrida de maior responsabilidade e, assim, crescerem mais um pouco.

Por ter família nas Caldas, e por o meu tio ser empresário desta praça, desde cedo o Guiga, e mais tarde o Zé Maria, me foram dando oportunidades de aqui pegar. Era, sem dúvida, das corridas que mais gozo me dava pegar, quer fosse o 15 ou o 21/22 de Agosto. Este ano, no início da época, era sem dúvida uma das corridas nas quais “sonhava” pegar. Infelizmente, nem sequer me pude fardar, e, da bancada, pude observar e reflectir melhor sobre a mudança que se verificou nesta corrida: é uma corrida de responsabilidade, estava habituado a ver aqui pegar o Cortes, o Mantas, o Pedro Freixo, o Kikio (era o menino querido)… e, de repente, está entregue ao Xico Borges, António Vacas de Carvalho e ao Manuel Ramalho! Que saudades e que alegria ao mesmo tempo! A tristeza que tinha no início da corrida por não me poder fardar foi sendo ocupada pela alegria de ver estes miúdos (ainda há pouco tempo tinham meio metro e andavam a pegar na vacada em Montemor) em praça, a fazerem tudo bem, a limparem uma corrida à Grupo de Montemor! Aproveitem estas oportunidades e gozem o momento, pois é, sem dúvida, dos melhores da nossa vida.

A corrida era composta pelos cavaleiros João Moura, António Brito Paes e Manuel Lupi. Os touros eram da ganadaria Brito Paes, com 3 anos e pesos entre os 460 e os 550 Kg. Para os pegar, estavam o nosso Grupo e o Grupo das Caldas.

Para o primeiro touro o Zé Maria mandou à cara o Xico Borges. Brindou a pega ao Ninã, que se encontrava nesta corrida, ainda em recuperação, e a quem damos todo o nosso apoio nesta difícil fase da sua vida. O Xico galvanizou-se com o brinde, e soube estar com perfeição em praça, mandou no touro e fechou-se, com uma boa reunião, para não mais sair. Bem ajudado pelos restantes elementos, abriu praça da melhor maneira, antevendo uma corrida de sucesso.

O forcado escolhido para o segundo touro foi o António Vacas de Carvalho. Tem tido alguma oportunidades de maior responsabilidade este ano e tem, sem dúvida, conseguido agarrá-las. Nas Caldas conseguiu uma pega tecnicamente perfeita, em que teve presença, mandou e reuniu da melhor forma, após brinde sentido ao Pina, forcado histórico do nosso Grupo.

Para fechar a corrida com chave de ouro, foi o Manel Ramalho pegar o 5º touro. Também ele tem estado a fazer uma época demonstrativa das suas capacidades e à vontade para pegar de caras. No entanto, este nem foi dos dias em que esteve melhor em frente ao touro. Aguentou pouco o touro, o que proporcionou uma reunião menos perfeita, no entanto, já todos sabemos da vontade do Manel em se agarrar aos touros, e hoje não era excepção. Agarrou-se com alma, brigou, e acabou por se compor na cara do touro, fechando a corrida com mais uma pega à 1ª tentativa. De realçar que nem sempre as reuniões saem perfeitas, por culpa nossa ou dos touros, e, nestas alturas, é fundamental nunca desistir e lutar para ficar na cara, tal como fez o Manel, tal como fazia o Xaninha, e muitos outros…

O Grupo das Caldas pegou os seus 3 touros à 1ª tentativa. Agradecemos, também, ao Nuno Vinhais, à madrinha do Grupo das Caldas (João Silveira) e a todo o Grupo das Caldas, a forma como nos receberam na sua tertúlia, onde decorreu o jantar dos dois Grupos, com grande ambiente e bem regado, prosseguindo depois os festejos na noite da Foz, já famosa por estas paragens.

João Cabral

Reportagem Fotográfica: 
Francisco Romeiras

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