Na quinta-feira passada o nosso grupo, assim como os amigos e fans que o acompanham para todo o lado, deslocaram-se a Lisboa para ver outro êxito redondo como tantos que temos visto este ano ao longo da época.
A corrida era do Sporting, não percebo porque o nosso cabo a aceitou, sendo o nosso grupo maioritariamente formado por benfiquistas. Talvez para festejar com o Sporting este arranque de época excepcional.
Adiante,
Fardámo-nos na casa da nossa muito amiga, Rita Calejo Pires que nos recebeu como príncipes, com comes e bebes muito bons, e á qual na corrida, brindámos uma pega. Estava dado o mote para uma noite de sucesso.
Começando a falar da corrida propriamente dita:
Os toiros saíram bem no geral, andaram e carregaram a sorte, um curro que eu gostaria de ver com outro poder e tamanho.
Os cavaleiros, cada um no seu estilo não tiveram mal, o Vitor Ribeiro e o Manuel Lupi estiveram até muito bem no último toiro que lhes calhou em sorte.
O Grupo de Santarém esteve bem. Pegaram á 1ª, 2ª e 1ª, Peu Torres, João Torres e António Grave de Jesus.
Se nesta corrida existem culpados das lides e pegas não terem tanta emoção, para mim os únicos são os bandarilheiros. Não se entende tanto capotazo ou trepadas. A corrida era para ser á portuguesa, a cavalo e com pegas no fim. Se fosse para ver tourear a pé ou para ver matar os toiros de cansaço eu não tinha ido. Os ganaderos não devem ter ficado nada contentes com as exibições destes “artistas”, retiraram qualquer investida mais alegre que os toiros poderiam ter.
Quanto ao nosso grupo fez 3 boas pegas. Como diz muita vez o nosso Guru do Grupo (João Cortes): “Sobrou Forcado” em todas as pegas. Obrigado bandarilheiros!
Para o 1º foi o Caldeirinha, João Caldeira. Este forcado dá gosto vê-lo pegar, tem muita presença em praça, muita técnica, sabe andar em praça e sabe mandar nos toiros.
O toiro arrancou-se de largo ele aguentou-lhe a investida, recuou-lhe 3 ou 4 passos na cara e encheu-lhe a cara, uma pega que pareceu fácil.
O nosso 2º toiro foi destinado ao João Romão Tavares (filho do antigo forcado José Romão Tavares). Forcado valente, com muitas provas dadas e que ainda vai ser muito útil no nosso grupo. Já o vi fazer muitas pegas boas e mais uma vez esteve imponente.
O João parece ser um forcado que prefere receber os toiros mais de curto, recuou bem na cara do toiro, e fechou-se sem problemas.
Para o nosso 3º foi o cabo José Maria Cortes. Achei muito bem ele pegar este toiro que não tinha qualquer tipo de problemas (foi bravote e fácil). O José Maria normalmente vai pegar outro tipo de toiros (mais complicados).
Para mim deve desfrutar mais enquanto forcado e pegar alguns toiros mais fáceis nas corridas com mais ambiente. Merece por todas as “bombocas” que já teve que pegar e porque nós gostamos de ver o nosso cabo dar lições de pegar toiros ao público, aficionados e críticos.
O toiro arrancou andarilho, a trote o Zé Maria alegrou-o com a voz, o toiro carregou um pouco mais a investida (já a galope) e depois foi o mais fácil, esteve muito bem com o toiro e fechou-se para ficar. Sem espinhas.
Os toiros foram bem rabejados, pelo Sacaio e pelo Pêco. Não falarei dos ajudas, embora estivessem todos muito bem, mas eu achei que estes toiros não deram para os ver em acção.
Quero só agradecer a ao António Corrêa de Sá, ao Rodrigo Pietra e ao João Mantas, 3 enormes forcados que se vão despedir em Montemor, por tudo o que nos deram. Obrigado por terem sido tão valentes, grandes amigos e honrarem os forcados de Montemor. Fizeram História e marcarão com boas recordações todos os que se fardaram com vocês. Olé para os 3.
Abraço, João Freixo













Reportagem Fotográfica:
Francisco Romeiras