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Em Morais os ajudas foram as figuras principais...

Pais de Bragança.

“Denominou-se Mães de Bragança a um movimento de mulheres portuguesas que se organizou naquela cidade, em 2003.
O movimento surgiu como forma de protesto à chegada de mulheres brasileiras a Bragança, que se prostituíam ou faziam companhia aos homens nos bares locais. Sendo muitos desses homens casados e com filhos, as suas esposas organizaram-se num movimento com o fim de expulsar as recém-chegadas que ameaçavam tirar-lhes os maridos. O caso ficou conhecido nos media à época.” (Fonte: Wikipédia)

No passado dia 1 de Agosto, “o melhor dia do ano” , o Grupo de Montemor deslocou-se à pacata aldeia de Morais (Bragança), afim de concretizar mais uma vez a já tradicional digressão anual de Grupo.

Este evento, vulgo esta passagem por Morais, ficou conhecida naquela região como o Movimento dos Pais de Bragança. Porquê, perguntam os que não foram?! Pois bem, porque durante dois dias “foi ver” os paizinhos e os namorados daquelas meninas com medo que elas fugissem de casa com a rapaziada montemorense.

O Grupo de Montemor, depois de um belo almoço na Mealhada, juntou-se no Restaurante Dom Rodrigo, para aconchegar o estômago com mais uma bela refeição Transmontana. Após ouvir algumas histórias dos elementos mais velhos que acompanharam os actuais (Francisco Chaveiro, Joaquim Murteira Correia, Francisco Godinho, Carlos Santos e também Jorge Mendes) decidiram todos por bem rumar a um bar da moda, o “Models” e depois ao V Império a “disconight” lá da zona, para conhecer um bocadinho melhor a cultura dos habitantes daquela localidade. E foi a loucura! A gataria andava doida, o Cabo Cortes teve direito a bebidas de oferta por parte de algumas admiradoras secretas, o Manuel Ramalho dançou até se cansar, o António Dentinho teve direito a uma visita guiada à discoteca por um dos seguranças e o Tita e o João Romão Tavares provaram da verdadeira posta Mirandeza já no final da volta.

Peripécias à parte, o dia importante era mesmo o dia 2 de Agosto pois era o dia da Corrida.

O Cartel era composto pelos Cavaleiros Joaquim Bastinhas, Manuel Telles Bastos e a Praticante Ana Rita e a Ganadaria lidada era a de Vinhas. O melhor Grupo do Mundo pegou a solo os seis toiros. Abrilhantou a corrida a Banda Jazz e Blues de Morais, com belas musicas ao longo de todo o espectáculo.

O primeiro toiro, foi pegado pelo Francisco Godinho e brindado aos mais antigos que nos acompanharam. O Sacaiozinho andou para o toiro com a sua forma característica, a citar bem e a ter o oponente consigo. Carregou na devida altura e fechou-se com decisão, tendo contribuído para uma bela pega ao primeiro intento. De destacar a primeira ajuda do Forcado Frederico Caldeira que como manda a lei deu o corpo ao manifesto e a rabejação de Manuel Ramalho que se estreou nestas sortes concluiu a pega.

O segundo da tarde foi para a cara um dos actuais primeiros ajudas do Grupo, o JP que estava desejoso de ter a oportunidade de se mostrar ao cabo a pegar em praça. O João Pedro fez um cite à antiga, para recordar os velhos tempos, de mãos na jaqueta, e conseguiu provar que “está cá para o que calhar”! Carregou o toiro quando este esteve consigo e recuou os três passos que lhe competem, efectuando uma boa pega à primeira tentativa. O Cabo Zé Maria fechou a pega com uma rabejação fracota, mas ninguém lhe leva a mal pois todos sabem o valor que tem como forcado de caras.

Para o terceiro toiro, foi escolhido pelo Cabo o forcado Miguel “Brad Bombas” Pinto que depois de um emotivo brinde ao seu tio, o antigo Forcado Francisco José Godinho, efectuou uma boa pega ao segundo intento. Na primeira tentativa o Miguel não foi perfeito e não conseguiu aguentar os violentos derrotes do oponente sendo desfeitiado da cara do toiro não dando oportunidade às ajudas de fecharem a pega. De destacar a primeira ajuda do Cabo Cortes que entrou com decisão e a Segunda ajuda do Antigo elemento Manuel dos Peros (que se fardou também, para recordar os seus tempos de forcado e que muito agradou a todos os elementos), permitindo que o todo o Grupo concluísse a pega.

No quarto da tarde, João Maria Santos fez tudo correcto, desde que colocou o barrete. O João citou bonito, a templar e quando sentiu o toiro consigo, carregou e reuniu muito bem, realizando a sua sorte à primeira tentativa, com todo o Grupo a fechar a pega. Francisco Borges fechou a actuação com uma rabejação de bom tom.

Francisco Reis, um dos actuais ajudas do Grupo foi escolhido para a pega do quinto da tarde. O Chico esteve bem com o toiro e apesar de não ser uma sorte a que esteja muito habituado (em praça, já que nos treinos todos os forcados pegam) conseguiu fazer tudo como mandam a lei. Bonito com o toiro, reuniu bem e foi muito bem ajudado pelo Carlos Cardoso que garantiu a conclusão da pega com a ajuda do restante Grupo. Frederico Caldeira concluiu a pega com mais uma extraordinária rabejação, saindo da mesma com um bonito temple.

O ultimo da Corrida foi pegado pelo também Ajuda Joaquim Murteira Correia, “Quim Zé”, e foi efectuada ao segundo intento. Nesta sorte o Quim Zé não foi feliz à primeira tentativa pois não conseguiu entender perfeitamente o adversário que era “mal visto”. Na segunda tentativa o forcado falou mais com o toiro e fê-lo até ao momento da reunião, o que permitiu que a mesma fosse boa, tendo uma boa primeira ajuda, novamente, do Carlos Cardoso e com todo o Grupo a fechar bem a sorte.

Agradece-se a presença de todos os que se deslocaram até à ponta de Portugal, para acompanhar o Grupo, mais especificamente os já referidos Francisco Chaveiro, Joaquim Murteira Correia, Francisco Godinho, Carlos Santos e também Jorge Mendes que foram ao mesmo tempo em “digressão gastronómica”, e ao Antigo Elemento Manuel dos Peros, muito querido por todos, que se fardou uma vez mais e deu 2 segundas ajudas e 3 terceiras.

Foi uma digressão que para sempre ficará na memória de todos, pelo bom ambiente e união que se sentiu, ao longo dos dois dias, no ceio do Melhor Grupo do Mundo.


Tomás Pimenta da Gama
9 de Agosto de 2009
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