Noite de grande ambiente em Portalegre
Na passada sexta feira o GFAM deslocou-se à bonita e renovada cidade de Portalegre para honrar mais um compromisso desta época.
O cartel era composto pela família Moura, (João Moura, João Moura Filho, João Augusto Moura, a pé, e o pequeno irreverente Miguel Moura).
A cavalo foram lidados 4 bem apresentados toiros e um novilho da divisa de Romão Tenório, os quais repartimos com o grupo de Portalegre.
Perante praça cheia, o nosso primeiro toiro saiu à arena com pouca cara, dando bom jogo, chegando ao final da lide lento e um pouco reservado.
Para abrir praça, o cabo Zé Maria escolheu o forcado João Pedro Tavares (Peco), um dos seus elementos de confiança.
O “Peco”, vinha confiado, pois até ao momento era o elemento mais regular do nosso Grupo, porém as coisas não lhe correram como desejava certamente.
Citou com elegância e decisão, mostrou-se ao toiro, o que não o impediu de entrar nos terenos do mesmo, carregou com firmeza, no entanto, talvez por tentar “sacar-se” cedo demais à investida pouco definida do oponente, acabou por ter duas reuniões algo deficientes nas quais faltaram toiro, o que obrigou o forcado a pegar à terceira tentativa com uma primeira ajuda eficiente do J.P..
O nosso segundo toiro, bastante pesado, mostrou-se colaborador, embora sem humilhar no capote e no cavalo.
Para a pega, ante uma moldura humana impressionante, foi escolhido o veterano Pedro Freixo, que efectuou uma pega limpa, com uma reunião dura a aguentar a investida alta do toiro. Contou com uma boa segunda ajuda do jovem elemento “Quim Zé”, que deu o corpo ao manifesto, assim como o resto do grupo.
Para fechar a nossa actuação, saltou para a praça o elemento Francisco Borges, que tinha a tarefa de pegar o novilho lidado no final do festejo. Para tal efeito convidou 4 elementos do Grupo de Portalegre para o acompanhar.
O Francisco acabou por pegar à terceira tentativa, fruto da sua juventude e inexperiência. No entanto ficou patenteada toda a sua “toreria”, mostrando que tem escola e tempo, uma vez que tem apenas 15 anos, para ser um forcado a ter em conta para o futuro.
Para terminar estas minhas breves impressões sobre a corrida, gostaria de realçar o papel do Pedro Freixo e do “Peco”, que tiveram a tarefa de pegar e rabejar um toiro cada um, demonstrando a sua polivalência e importância no seio do grupo.
Gostaria de deixar aqui também uma palavra de apreço e admiração ao cavaleiro João Moura, pelos seus trinta anos de alternativa ao mais alto nível, por toda a maestria que continua a demonstrar em praça, assim como pela forma como conseguiu encher a bonita Praça de Portalegre.
Não foi de certeza a noite de pegas que todos ambicionávamos, mas mostrámos que mesmo quando as coisas não nos correm bem, sabemos andar em praça com classe e respeito pelo público e por nós.
Acabada a corrida, e porque tristezas não pagam dívidas, iniciámos um animado jantar, que para alguns terminou apenas às três da tarde.
Uma última palavra de agradecimento ao meu Pai e à minha Mãe, que mais uma vez tiveram a paciência de no receber na sua casa.
Pelo Grupo de Montemor :
Venha Vinho
Venha Vinho
Manuel Mata
5 de Julho de 2008