“A Barra d’ouro! A Barra d’ouro!” Neste dia importante, o tema das conversas não podia deixar de ser este.
Logo depois do almoço, foram chegando os vários elementos à fardação, na quinta das Laranjas, gentilmente cedida pelo elemento Francisco Cornacho.
Com o passar das horas, a habitual boa disposição foi dando lugar à concentração, face ao grande desafio que tínhamos por diante – trazer o ouro para casa! O Guiga na hora de fardar, salientou a importância da corrida, especialmente por se tratar de um dos importantes marcos da presente época.
Com os 18 elementos para o que calhar, dirigiram-se à praça, quase cheia, ao encontro dos cavaleiros Rui Fernandes e Vítor Ribeiro, com quem partilharam cartel, para lidar um curro da Herdade de Pégoras com pesos entre 495kg e os 570 kg.
Após a lide acertada do 2º da ordem, por Vítor Ribeiro, Francisco Mira foi o escolhido para a pega. A grande eficácia que reconhecemos no Francisco, infelizmente, não se confirmou. Com uma reunião menos conseguida na 1ª tentativa, não ficou, para na 2ª mostrar a sua técnica e depois de uma reunião dura, agarrou-se para nunca mais sair. Com uma boa ajuda do regressado Hugo Melo, a pega foi rematada com o saber de João José Comenda.
Ao 4º da ordem, com a lide do maior toiro da corrida, o Cavaleiro triunfador da Época passada, alcançou o triunfo maior e com a sua montada ruça, deram a merecida volta à arena. A pega foi confiada ao experiente Pedro Freixo, que andou para o toiro com serenidade, provocou a investida, reuniu e envolveu os seus braços na córnea. Contando com a ajuda de Tó Sá e do restante grupo de forma coesa, consumou-se a pega à 1ª tentativa.
A encerrar a tarde de toiros, João Mantas avançou para a cara do 6º e último. Com um brinde cheio de sentimento, dedicou a sorte aos aniversariantes do dia: Ana Mantas, Guiga e Zé Miguel Sampaio. Com presença foi encurtando terrenos, fez arrancar o toiro que com velocidade investiu contra o forcado. Com um acentuado desvio, não permitiu que o JP desse a ajuda que nos foi habituando. Derrotado pelo toiro, levantou-se e com vontade iniciou, prontamente, o cite para se fechar de novo com garra e desta, com grupo a fechar de forma segura.
O Grupo de Santarém pegou os três Pégoras à 1ª tentativa, de forma irrepreensível, por Diogo Sepúlveda, António Grave de Jesus e Diogo Palha.
O Júri, atribuiu a Barra d’ouro ao Grupo de Santarém, que merecidamente vai levar o prémio para o Ribatejo, também não podíamos ganhar sempre. No entanto… no próximo ano, a barra é nossa!!!!
Noel Cardoso
7 de Maio de 2006
Fotografias: Francisco Romeiras
Esta geração perdeu o ouro pela primeira vez
Francisco Mira abriu praça à segunda tentativa
Vitor Ribeiro brindou a segunda lide ao aniversariante Guiga
Pedro Freixo na pega da tarde, à 1ª tentativa
O Grupo esteve coeso a ajudar.
Rodrigo Pietra remata mais uma boa pega
Vitor Ribeiro e Pedro Freixo com uma companhia diferente na volta
João Mantas na sua primeira pega da época
Bem fechado à córnea, à 2ª tentativa
Alguns elementos na companhia do amigo Francisco Romeiras, trajado com uma camisa diferente (feita do tecido da jaqueta de Montemor)
Zé Miguel, Ana Mantas e Guiga comemoraram os anos na companhia dos amigos do Grupo de Montemor